sábado, 8 de agosto de 2009

Nota Inaugural

Estes documentos são uma singela homenagem a todos os que se esforçaram, e divertiram, a produzi-los, com uma palavra de especial apreço para o Zlipax, a quem, sem o suspeitar, e involuntariamente, poderei ter lançado na contra-mão daquela terrível auto-estrada onde nenhum de nós desejaria ter caído...

Que felizes que nós éramos, nesses tempos do "Braganza Mothers"... Uma adolescência solar, num país que se decompunha.
Este é mais um memorial do Ridículo.
Para que a todos aproveite.

sábado, 22 de setembro de 2007

Epígrafe


“Desde que um jornal meta as mãos numa história, os factos perdem-se para sempre, mesmo para os protagonistas



Norman Mailer


(imagem do KAOS, com a cortesia do xatoo)

As doces palavras de Sócrates

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

O "Dossier" do Diploma Cor de Rosa


A primeira grande gargalhada do dia

18 Março 2007 por MAI

A abertura desta página suscitou um surpreendente debate. Terão os membros do Governo direito à opinião e (pior ainda) a exprimi-la ? Pois acho que sim. Mais: acho mesmo que é dever de um governante bater-se pelas suas convicções e sustentar publicamente o debate que suscita. A opinião não é um Olimpo reservado aos editorialistas, analistas, cronistas encartados e similares, como alguns revelaram desejar. Pela nossa parte, exerceremos o direito a ter “A Nossa Opinião”.

Perguntou muito bem. Eu, sinceramente, até vou mais longe: Terão os membros do Governo direito à vida e (pior ainda) a vivê-la?


Pois acho que não. Mais: acho mesmo que é dever de qualquer cidadão bater-se para eliminar essa corja da face do planeta. As execuções sumárias e o uso do sistema para benefícios pessoais (bilderberg) não deveria ser um Olimpo reservado aos incompetentes, inúteis, e gente com falta de carácter, verdadeiras prostitutas vendidas por um punhado de poder num país que está a afundar-se e similares, como todos os que aí estão revelam desejar. Pela nossa parte, exerceremos o direito de ter "A Nossa Opinião", que é tão sumariamente esta: Estimo bem que vão todos para o caralho que vos foda."


By Zlipax

A segunda grande gargalhada do dia


quinta-feira, 20 de setembro de 2007

A história toda, em castelhano

"[...] La campaña interna de los socialistas estuvo regada de mordaces comentarios sobre Sócrates, tachado de "light", "político Armani", "hombre de plástico", "producto mediático" (en expresión de Mário Soares) y "único ministro entertainer de nuestra historia". [...]"


Para ler AQUI

Universidade "Independente, you said?...


I got my name in lights with notcelebrity.co.uk

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Fahrenheit 451

A Pescada




Adivinha do Dia: Qual a semelhança entre José Sócrates e a Pescada?... É que ambos, antes de o serem... já o eram.

Post para um tempo de Racismo - O Brasão da Universidade Independente


Nota: este texto é explicitamente racista e todo o seu conteúdo é falso, ou parece ser
.
A esta hora, em que já estou com a dose redobrada do Lítio, mais o Vallium, mais o Dormicum, por causa da minha ida para Marrocos, amanhã, deu-me para a erudição e o disparate. Acontece!.., como diria a Catedrática Clara Pinto-Correia, Vice-Reitora da Muy Honorável Universidade "Lusófona".
E assim sendo, e olhando para as armas da Universidade "Independente", nesta hora, em que já tudo me parece colorido e doce, como nos amaciadores dos relatórios milionários feitos pelo Capacho Constâncio, comecei a ver coisas: em cima do brasão, um livro, todo aberto, salvo seja, e preenchido -- ao contrário dos trabalhos finais do "Engenheiro" (!) de Vilar de Maçada. É um alfarrábio, com linhas, que, na Heráldica Clássica, indicia Erudição, ou como se diria hoje, gente com muita escola, ou muita sabida, conforme preferirem.
Desse livro, debota tinta azul, o que indicia que começou a chover, ou que tanta sabedoria não se aguentaria junta, e acabaria por passsar do estado sólido ao estado líquido, assim como nas crises de soltura dos incontinentes da Câmara da Covilhã, arquitectos incluídos.
O elmo está virado para a esquerda, e
não é de ouro, nem de prata, mas branco, como convém ao branqueamento, e indica "bastardia": nasceu bastarda, e só sucessivos relatórios da Inspecção-Geral do Ensino, assinados por montes de gajos que pensavam que era só pôr a cruz no fundo do papel, a puderam validar. É um elmo cerrado, com estrias para ver o exterior, o que aponta para que, num tempo de vassalagem, mais tarde ou mais cedo a visão que certas pessoas iriam ter do exterior era a do interior de uma cela de prisão: o Mundo às riscas e aos quadadrinhos. Puta que os pariu.
O Escudo é em
Forma Suíça, o que indica as prateleiras de depósito e sonolência dos capitais: chamem-lhes parvos... Para quem alimentasse dúvidas, o esmalte é duplo: Ouro e Preto...
Depois, começa a parte pior, é um escudo cortado, horizontalmente, à altura da
Linha do Chefe do Escudo, para se saber quem manda: à direita, uma "cabeça de negro", que, normalmente, deveria estar representada de perfil, mas está de frente, com os olhos bem visíveis, o que indicia, segundo o "Escultor" Soares "Bronco" -- autor do horror em memória de Sá-Carneiro, prantado na Praça do Areeiro, e co-autor de "Vocabulário Heráldico" ("Edições Mama Sume (!), Santarém/Porto, 1984 (?), exemplar nº 14, de 500, devidamente assinados e numerados pelo autor) Poder e Majestade; à esquerda, um diamante em bruto (!), que indica que um diamante em bruto, depois de lapidado ,pode dar origem a um qualquer negro licenciado. A cabeça de negro, traçada por aspe vertical (?) pode ser um lambel de uma bastardia, ou seja, um sinal heráldico da bastardia de outra bastardia, como adorariam ter escrito Píndaro e Fernando Pessoa.
O
Contrachefe do Escudo é um Castor, um animal muito apreciado pelos Norte-Americanos e Canadianos, já que rói as florestas todas à volta, para construir coios invioláveis, no meio de lagos. Quando os lagos não existem, eles usam todo o tipo de barreiras e obstáculos, para que o rio deixe de correr e se transforme num paúl, ou pântano, do género da Ota. A entrada destas autênticas fortalezas palustres é apenas conhecida pelos Iniciados, que as guardam sigilosamente, não vá o Sistema ruir um dia. No Continente Americano, já se encontrou uma solução para este flagelo, dado que o barricar de um rio por castores pode provocar graves inundações em redor, e recorre-se, então, à dinamite. Cá, suponho que chegaria chapar, durante aquelas intermináveis conferências de imprensa de branqueamento de imagem, com um Bolo de Chantilly, nas fuças do Vigarista de Vilar de Maçada...
Para terminar, a divisa da "Universidade" é "RERUM COGNOSCERE CAUSAS", o que, na tradução da minha empregada de limpeza quer dizer que nestas coisas é muito raro conhecerem-se as verdadeiras causas, e, oh, se é, e se ela não tem montes de razão...

Os lobos uivam, mas há uns lobos mais lobos do que os outros...



"Uma sociedade tão organizada depende, tal como a sociedade humana, de um bom sistema de comunicações. Os lobos têm a capacidade de comunicar mutuamente, embora não através da palavra, como os seres humanos. Eles utilizam sinais: movimentos e atitudes corporais, olhares, cheiros e sons tais como ladridos, rugidos e uivos. O seu sentido do olfacto é muito desenvolvido e um cheiro significa muito mais para eles do que para nós. Através da maneira como utiliza a cauda, um lobo mostra qual o seu estatuto na alcateia, expressa os seus sentimentos e mostra as suas intenções pela maneira como apresenta o focinho, as orelhas e a cauda e até pelos pêlos do dorso. E, evidentemente, os lobos uivam! Fazem-no, por exemplo, para informar os companheiros sobre a sua posição, para reunir os membros da alcateia, para chamar os lobitos, em ocasiões particulares como as que precedem uma caçada, ou simplesmente por prazer e para consolidarem os laços que os unem."

Não, não se trata da nomeação de agentes na S.I.C.-Notícias, nem de cabeças amigas para gestão da informação na Media Capital. Muito menos de canudos de papelão, ou de telefonemas frenéticos, dos Envelopes 9, 10, 11 e 12, para evitar que mais... NOMES... do "Casa Pia" caiam no domínio público. Não é Mário Soares a apelar à "decência", à "frontalidade" e ao bom nome do "equilíbrio das Contas Públicas" (?). Não é o frenesi de telefonemas de chantagem, para salvar a "Independente", em troca da cabeça de Sócrates, cortando, pelo meio, a do Gago.

Não, é só um texto de
Mário Machado, no seu Blogue Nacionalista, depois de multidões de agentes especiais terem sido postos em campo para caçar 15 armas (!). Podiam ter enviado um email, a pedir as moradas dos membros do Governo, dos notáveis parlamentares, das figuras sérias do Sistema, que asseguram o Tráfico, e multiplicavam isso tudo por 100 000!... O problema é onde é que, depois, iam transportar tanta arma apreendida. Até porque o cidadão, comum dos mortais, nem iria acreditar que tinha vivido décadas sobre tal paiol.

(Publicidade - Entram as as notícias sobre o Futebol, "Mourinho o mais bem pago do Mundo", "O Caso Esmeralda", "Transferência de Cristiano Ronaldo", "Os Livros Recomendados por Marcelo Rebelo de Sousa", "Os Esgares de Pacheco Pereira" - Publicidade - Mais Futebol, "Páginas Soltas" etc, da capo...)

CIBERDÚVIDAS DA LÍNGUA PORTUGUESA


QUE NOME SE DÁ A UM NATURAL DE VILAR DE MAÇADA?
RESPOSTA: VIGARISTA MAÇADOR

Nascido para o Foder



"Aprendeu a ler nos livros de cowboys e namorou em carrinhos de choque a ouvir Roberto Carlos. Estudou em Coimbra, foi professor em Lisboa, mas sempre soube que o seu destino era a política. A história da vida de José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa".

Esta é a capa do tão aguardado número da revista Tabu do
Sol com a verdadeira história do homem de quem se fala.

Escusam de comprar e ler a revista se querem uma explicação para a foto da capa.


Nela não é explicada a razão do primeiro ministro estar agarrado a uma cadeira, sendo os bancos aqueles que mais beneficiam com a sua política.


Incongruências.

Fake

Genealogia



Coitada da Fava, que nem direito a Bolo-Rei teve...



"Estamos num país de bananas, governado por um filho da puta"



A imagem é do KAOS.

A boa nova vem no "Correio da Manhã".

Valeu a Fernando Charrua ir para a prateleira, por ter dito o que milhões e milhões de Portugueses têm na cabeça e na boca. Tem, aqui em baixo, uma enormeeeeeeeee caixa de comentários, para exprimir tudo o que pensa sobre o assunto... Triste Portugal.

New Blowjobs 4 the boys


"By KAOS


(P.S. - Não me queres demitir também, minha paneleira desavergonhada?...)"




Redes


Professor efémero, com pedido de acumulações...


"Depois de brilhante aluno na "Independente", foi convidado para lá dar aulas, e deu, e ninguém reparou na... diferença. Aí, fadista!...
Depois do brilharete em "Inglês Técnico", foi convidado para dar aulas na "Independente", e deu. Há testemunhos de gente que chorava, de tanta sapiência. Não sabia que não podia acumular. Toda a vaidade lhe ditava o espírito de missão: Governante, de dia, "Professor" à noite, e vice-versa, quando para aí acordava virado. Mais um percurso exemplar, um caso de sucesso e uma Nova Oportunidade. Se fosse em Inglaterra, já lhe tinham posto os trapinhos à porta. Aqui, continua a ajeitar o "édredon"."


O preço dos diplomas, na "Independente"


Agonia



Devido ao inesgotável génio de "We Have Kaos in the Garden"


Da Memória Colectiva

EXCLUSIVO, "BRAGANZA MOTHERS": MAIS UM FAX FRAUDULENTO POSTO A CIRCULAR NA NET!...


As "Licenciaturas" de Sócrates, deitadas no divã de Freud





Para mim, com uma Quarta Classe das antigas, puta nas horas vagas, e mulher-a-dias do Regime a tempo inteiro, foi com enorme orgulho que recebi, no I.S.P.A., uma Pós-Graduação em Psicanálise (4 dias, de 2 horas intensivas, que bem me saíram do corpo e da carteira...).

Fiquei a saber que, para Freud, os anos mais importantes da nossa vida eram os 5 primeiros, sobre os quais -- azar -- logo tombava uma cortina de sombras, que durava a vida inteira, exceptuados os sobressaltos e as recaídas no Inconsciente.


Estou agora a terminar uma tese de doutoramento, em que defendo que, bem mais importantes do que esses 5 anos da Infância são os 5 anos da Licenciatura. Esse, sim, é o tempo da verdadeira angústia.
É, pois, com a Dor de Sócrates que eu sofro: aquela Pós-Graduação de 4 dias fez-me saber o que pode ser o sentimento de inferioridade de um cavalheiro que quer galgar a todo o custo, e sabe não ser detentor de um canudo.
Há, em José Sócrates, um pouco de Harry Potter. Ele sabe mexer a varinha -- ou o varão -- e as coisas aparecem todas feitas. "Consta-se de que", mal seja apeado involuntariamente do Governo, já se está a preparar para a Beatificação. O
"Expresso" de hoje avança com o seu primeiro milagre: o de ter criado, do Nada, um Reitor.

Isso é uma coisa lindíssima, e acho que nem a Sãozinha, nem a Santa da Ladeira, nem a Irmã Lúcia, no tempo das suas melhores "performances", conseguiram tais feitos...


Nomear um Reitor é algo de bem mais profundo do que pôr um paralítico a andar, um cego a ver, ou o Mega Ferreira à frente do Centro Cultural de Belém.

Resta a matriz psicanalítica da coisa, e essa é o centro deste texto: até agora, nunca tinha percebido a raiva desmesurada contra certas classes da Sociedade Portuguesa, justamente, aquelas onde se congregam mais Licenciados, Médicos, Juristas e Professores.


Era, afinal, um problema psicanalítico, não o dos 5 primeiros anos de vida, mas o dos intermináveis 5 anos da sua "
Licenciatura", em irremediável forma de Quasímodo
.

MBA



Declaração

Como colaborador do Braganzzzzza Mothers, subscrevo a Nota Edibloguetorial posted by Arrebenta, com a ressalva do meu reconhecimento e aceitação da existência de um MBA no currículo do cidadão José Sócrates.




A minha prova de Inglês Técnico

Aqui está a minha prova de Inglês Técnico, que também é sobre Lixo (neste caso, não-reciclável)



The (C)rime-Minister of Portugal!

(Exijo a publicação da pauta, com a nota desta cadeira, até ao final do dia)



Declaração de Intenções

"1 - Confesso que fiquei com pena das olheiras e da voz trémula do Primeiro-Ministro na conferência da Fraunhofer, ou lá o que era. Daí que o meu lado soft - sim, eu aparento ser um bicho insensível, mas também tenho um lado soft - tenha vindo ao de cima: não exijo, nem espero, que o cidadão Sócrates apanhe cadeia por causa do que parece ter feito. Creio que a vergonha por que está a passar agora é castigo suficiente, e é também um exemplo, pelo menos, para os que procuraram subir na carreira servindo-se das mesmas artimanhas.
Admito, de boa fé (embora tudo me leve a não acreditar) que o único pecado do cidadão Sócrates - que difere das suas responsabilidades enquanto Primeiro-Ministro - possa ter sido o provincianismo de querer arrogar-se de um título que não possuía, aliado à ingenuidade que poderia fazê-lo sem ser descoberto. É condenável, é ridículo, e é especialmente desrespeitoso para com a "República das Bananas" a que actualmente preside, mas, infelizmente, enquadra-se perfeitamente na mentalidade do país.
Falo exclusivamente em meu nome, não no de mais ninguém. Este blogue, aliás, nunca foi um blogue de consenso: no entanto, neste momento, é visível que se transformou num blogue de campanha, aparentemente com Sócrates no papel de main target. Para os que chegaram há pouco tempo, não foi criado para esse efeito: já existia muito antes de se sonhar, sequer, com José Sócrates. Foi, a espaços, assumindo naturalmente esta forma, motivado, em primeiro lugar, pelas mentiras do Governo Sócrates & seus ministros; a sucessão de mentidos e desmentidos em relação a este processo da licenciatura e da Independente, aliado às suspeitas de controle da comunicação social, actuou depois como fuel para uma caldeira, que, de resto, já estava a ferver.

2 - Não conheço José Sócrates pessoalmente, nem tão pouco tenho interesse nisso. O problema é que o cidadão José Sócrates candidatou-se, e venceu, a eleição para a representação e direcção do País como Primeiro-Ministro. A sua candidatura e a sua vitória, ao contrário do que o próprio possa pensar, não serve para lhe enriquecer o currículo; acarreta a responsabilidade máxima de representar o seu país, e, aliada a essa, a ainda mais importante responsabilidade, directa, pela vida de milhões de pessoas que dele são cidadãs.
O cidadão José Sócrates, alheado dos seus títulos e cargos, tem tanto direito a errar como todos os outros. E basta olhar para o lado para se ver que há muita gente que erra. Errare Humanum Est. Mas o que ofende é ver que a lei não é igual para todos: há os que sofrem e a ela obedecem, e depois há outros, que levianamente a atropelam, porque podem. Não reconheço, nem a José Sócrates nem a ninguém, o direito de abusar do poder que lhe é conferido, umas vezes mais democraticamente do que outras.
Ainda que esteja inocente, assunto sobre o qual tenho - tal como muitos, face aos desenvolvimentos recentes - manifestas dúvidas, ou que "não seja ele o pior de todos", como se isso servisse de desculpa, gostaria de deixar uma coisa bem clara: o motivo desta "campanha" é superior à pessoa de Sócrates, que adquire importância única e exclusivamente por ser Primeiro-Ministro de todos os Portugueses, com os deveres que o desempenho de tal cargo acarreta. O problema não passa apenas por Sócrates, mas sim pelo véu descortinado pela investigação começada há muitos anos no
Do Portugal Profundo, que apresentou provas documentais impossíveis de reduzir a "boato", e que, com resistência inicial, acabou inevitavelmente alastrada a uma grande parte dos meios de comunicação oficiais.
Este "surto", chamemos-lhe assim, tornou objectivamente claro o que, de resto, já se conhecia à boca pequena: toda uma teia de interesses que vigorava e ainda vigora há muito neste país, onde a corrupção, a manipulação, o tráfico de influências e os negócios obscuros são reinantes. Se o exemplo vem de cima, não é de admirar que este cross-word puzzle seja construído na vertical: começa nos órgãos de poder, acaba no taxista que não passa facturas, e mete a propagaganda institucional mediática como "elemento apaziguador" pelo meio.
Corrijo-me: isto não é um blogue de campanha. É um blogue de denúncia. Para mim, o que está aqui verdadeiramente em causa é, senão a cura, pelo menos o diagnóstico oficial da doença que afecta o país, e que, como o seropositivo em negação, escondia sob a máscara do 25 de Abril. Se ainda queremos ter esperança de algum dia recuperar Portugal como país, é imperativo que, de uma vez por todas, seja feito o desmantelamento desta rede, desta doença, independentemente de incluir, ou não, o cidadão José Sócrates.
Eu jamais quereria ser Primeiro-Ministro, por ter consciência das responsabilidades que tal função acarreta. Mais, nem tão pouco me sinto apto. Ainda assim, como eleitor, não posso pactuar, num sistema dito democrático, com qualquer tipo de condescendência; sou, como de direito e dever, obrigatoriamente exigente para com as entidades que me representam.

3 - Sócrates não foi eleito por ser engenheiro civil. O que o motivou a candidatar-se? Fazer melhor pelo país? Independentemente da sua capacidade real para o fazer, este deveria sempre ser o intuito exclusivo de alguém que se candidate a qualquer cargo oficial, e não outro. Como explicar que alguém com essa responsabilidade tenha decidido "aproveitar" e enriquecer o currículo, sob o estatuto de trabalhador estudante? Lamento, mas penso que o currículo deve ser deixado para antes ou depois de um mandato, nunca durante. É a minha opinião.
Se Sócrates esconde um passado do qual não se orgulha, ou, pior, se se candidatou ao lugar para proveito pessoal, essa questão diz-me respeito, a mim, e a todos os portugueses. Mas estaria disposto a perdoar José Sócrates, a pessoa, se tivesse o mínimo de decência de se demitir, em vez de tentar emendar a situação com mais mentiras. Se não nos respeita a nós, essa "espécie de caluniadores", como sisificamente nos tenta fazer passar, pelo menos que respeite o País que, para todos os efeitos, representa. E que não faça uso desse respeito para limpar a sua imagem pessoal... O argumento da Presidência da União Europeia para deixar cair o caso, além de rídiculo, é profundamente ofensivo para a Democracia e para a Justiça portuguesa. Os fins justificam os meios? Para quem, afinal?

4 - O objectivo, pelo menos o meu, não é - nem nunca foi - substituir o boneco por outro de cor diferente. O que eu gostava mesmo era de ver o boneco substituido por um governante e representante, verdadeiro, do país. É possível? Será pedir muito? Ou mais vale desistir de tentar sair da matrix de Bilderberg, e comer e calar? Se isto é o ideal de cidadania, e se toda esta situação ficar impune, nada mais me resta fazer senão afirmar que não sou, nem nunca serei, um Ateniense...

Posto isto, regresso para o armário, de reencontro à minha condição de "caluniador" porno-nihilista e autista."

By Zlipax

Que mão agarrará nesta vassoura, e pela qual tão ansiosamente esperamos?...




By Semiramis

No fundo, já começou


Dedicado ao Fado Alexandrino, que escreveu a fabulosa frase "quando uma mulher sonha, um construtor civil acorda..."


No fundo, toda a gente, tirando alguns casos patológicos e os leitões que ainda mamam directamente no Sistema, anda farta disto até à raiz dos cabelos.
O António, no "
Portugal Profundo", já conseguiu uma vitória, ao obrigar o Portal do Governo, onde está o "joker" sorridente da Nossa Senhora dos Duches, a alterar a indicação biográfica, "Engenheiro Civil", para "Licenciado em Engenharia Civil". Podem lá ir ver.
Parece que José Maria Martins quer saber o resto, e interpelou a Procuradoria-Geral da República para que investigue o processo.
Era uma boa pista: mostrar que o "Prime", tão perfeito e rigoroso, com as coisas dos... outros era, ele mesmo, uma reles fraude académica, um Bacharel de Coimbra, e mesmo assim, talvez só Deus soubesse como.
Homem com vergonha na cara, demitia-se. Era preciso que tivéssemos homem e... um resto de vergonha.
Rua.
A outra pista gloriosa, é, como toda a gente sabe, a Ota: referendos, providências cautelares, abaixo-assinados. Investigação, a fundo, sobre os proprietários reais dos terrenos, e sobre as célebres "empresas" que ali representam alguém. Esses "alguéns", afinal, são quem?...
Rua.
Em vez de andarem a atirar areia para os olhos do pagode, para queimarem uns badamecos que toda a gente já sabe que estão queimados, há anos, há muitos anos, aos olhos de toda a gente, substituir o "Apito Dourado" por uma divulgação pública dos resultados das investigações das Secretas de Sócrates, ou seja, de como o bastardo criou uma nova P.I.D.E., nas nossas costas, exclusivamente a soldo de investigar o que lhe passar no horizonte dos caprichos.
Rua.
Lei da Incompatibilidade entre ter sido Governante e ir integrar os Conselhos de Administração das Empresas de Sucesso e das outras. Listagem completa das funções e salários que ex-governantes desempenham nas Bancas, Seguros e afins. Depois de publicada a lista: RUA.
Reabrir o "Casa Pia", impedindo providências cautelares, recursos e as tais medunças que toda a corrupta classe jurídica , que serve os interesses do Sistema, tão bem conhece. Ponham o "Casa Pia" no Tribunal Internacional de Haia, a pretexto de violação dos Direitos Humanos. Caíam que nem tordos, Políticos, Corja Jornalística, Juristas (!), Empresários de Sucesso e "Cultura". E, já agora, investiguem e publiquem a lista de nomes de quem vende e trafica armas, em Portugal, e as suas relações com o Poder: caíam os mesmos e ainda mais uns outros.


Rua.


Quanto ao Trambolho de Belém, que andou a fazer o ridículo choradinho da Nossa Senhora do Ó, das Energias Renováveis, lembrassem-lhe, nos tempos em que foi o todo-poderoso senhor de dez anos de chuva de ouro comunitária, como tornou Portugal totalmente dependente do Petróleo, destruindo a rede ferroviária, que ligava o Interior e o Litoral -- fazendo o mesmo que a badalhoca da Tatcher, com as mesmas reles origens, mas, por detrás, com a poderosíssima tradição industrial inglesa... -- e desbravando as célebres estradas assassinas, com uma camada de desgaste finíssima, para que um próximo milhafre da Construção Civil viesse depois fazer lucros, à pala da morte dos outros. Investiguem Entre-os-Rios, investiguem as relações entre cada Político e cada Construtor Civil.
Escreveu o Fado Alexandrino ontem, e muito bem, "quando uma mulher sonha, um construtor civil acorda..."
Atrever-me-ia a Pessoalizar ainda mais a coisa: quando uma puta sonha, um construtor civil aproxega-se, o projecto forja-se, os fundos desviam-se, os custos-a-mais multiplicam-se, o Poder Poítico integra-os, o "Deficit" cresce e o Monstro nasce".


Haja Ota.

Mais histórias (i)Morais



Leia aqui toda a história"


Descansem, nós estamos atentos!!!





Exactamente, o que é que pretendiam?

Nunca tal tinha visto..."

"Da Geologia das Licenciaturas"


Este texto é dedicado aos trabalhadores da Comunicação Social, que, ultimamente, muito nos têm visitado, facto que agradecemos, e que têm aqui suficiente matéria de investigação para fazer cair o Estado


Pronto, conforme me prometeram ontem, os Lindos Olhos de Mariano Gago já lançaram hoje, em "Diário da República", a permissão para que os alunos de qualquer Instituição de Ensino Superior possam pedir transição, em QUALQUER época do ano, de instituição que frequentam, para outra.
É justo, tínhamos discutido ontem a situação dos sem-abrigo da "Independente", e, se não for ao Partido Socialista cumprir alguns dos preceitos de justiça e acolchoamento social mínimo, que outro partido o fará?... Não garantir transição para os alunos da "Independente", depois da execução sumária dela, era tão injusto como tributar as reformas das velhinhas, aumentar o preço do pão, ou o dos medicamentos.
Já lhe telefonei a agradecer, é para isto que servem estes pequenos jantares de amigos, onde, tantas vezes, se decide o futuro do Mundo.
Em favor do Bem Público, atrevo-me também hoje, por ser Quinta-Feira Santa, a revelar algumas das páginas da minha Tese de Pós-Doutoramento, a decorrer no I.S.C.T.E., sob a orientação do Professor Doutor Paulo Pedroso.
O título do meu Pós-Doutoramento -- em primeira-mão -- é "Analogias e Discrepâncias sobre o Método Geológico de Concessão de Diplomas em Portugal, durante a segunda metade do Séc. XX".
Aqui ficam as linhas gerais, já que se trata, sobretudo, de tratamento de dados em "S.P.S.S.", embora com uma matriz estrutural que obedece aos princípios da Organização e Classificação correntes:

  • Licenciaturas do Pré-Câmbrico (anteriores ao 25 de Abril, e sempre na posse, salvo raras excepções, de filhos de "Alguém").
  • Licenciaturas Administrativas, resultado do saneamento de Docentes, durante o 25 de Abril. A nota era declarada de um lado do balcão da Secretaria, e logo anotada no Livro de Termos, do outro. Denominado "Período Valetudinense".
  • Licenciaturas do "P.R.E.C.", com lançamento, em pauta, não de nota, mas de resultados de votação, de braço no ar, de "Apto", ou "Não-Apto". Os mais aguerridos passavam primeiro, os menos, ficavam para o fim (Nota: este tipo de Diplomas deu lugar aos mais altos Cargos, nomeadamente Presidências de Comissões Europeias). É o chamado "Período Cherne-Maoense".
  • Licenciaturas compradas no balcão da Secretaria da Escola Secundária da Cidade Universitária (defronte do I.S.C.T.E., e, hoje, já extinta e demolida, por causa das tosses...) Este Período, chamado "Manequense", com Licenciaturas, lançamento de nome em pauta e Diplomas a 20 "contos", divide-se em três sub-períodos:
  • "Manequense Inferior", em que o "Manecas" ainda não tinha SIDA, e portanto gozava dos lucros.
  • "Manequense Médio", em que, já contaminado, era o irmão que beneficiava dos lucros. É o chamado Período Áureo, em que o maralhal, pela mão do "Tonico", frequentava o Clã de Isabel Cânçio, e havia homens, dinheiro, e tudo aquilo que o dinheiro podia comprar, em fartazana, para todos/as. À porta da Escola da Cidade Universitária, os Ciganos vendiam os Exames que iam depois sair na Faculdade de Medicina.
  • "Manequense Final", em que a coisa estoirou, o "Manecas" morreu, o irmão teve de fugir para o Brasil, e as festas abrandaram.
  • Período Intermédio "Campo Santanense", em que os pais faziam bicha, defronte da Secretaria da Escola de Ciências Médias, para comprarem o Diploma de Médico para os filhos.
  • "Período Pulidense", em que houve Diplomados contemporâneos da passagem, pela Política, de Vasco Pulido Valente. Licenciaturas do "Gin-Tónico".
  • "Período Normalense", em que as pessoas foram MESMO obrigadas a frequentar e a concluir os Cursos.
  • "Período das Privadas", com todos os seus sub-períodos intermédios, em que o Dinheiro era forte aliado da Massa Cinzenta. Também conhecido pelo "Período das Omeletes sem Ovos".
  • Período da "Independente", lançada por Manuela Ferreira Leite, em que toda a gente que tinha pequenos defeitos académicos os podia ali corrigir. "Período Diamantense Angolar", na minha proposta terminológica.
  • "Período Opus Deiense", com Diplomas vindos da Complutense e de Navarra, e imediatamente acreditados em Portugal.
  • "Período Americanense", das Pós-Graduações "Light", em território americano.
  • Período "Pós-Moderno", das lavagens e branqueamentos da Universidade "Moderna" ("Coisas horríveis, que metiam Mulheres, Droga e Armas...", nas palavras do Reitor Xexé)
  • "Período Lusófono", da Catedrática, Vice-Reitora, Clara Pinto-Correia, onde, os que já tinham o diploma de trás, resolveram abalançar-se aos Mestrados e Doutoramentos.
  • "Período Actual", ou "Corruptense Generalizado", em que tudo isto funcionava em perfeito silêncio e harmonia, até ter estoirado o Escândalo Sócrates.


(Nota de apreço aos que, como muito boa gente, se esforçaram para tirar os seus Cursos, fora destes métodos. Deles não foi, nem será, nunca, o Reyno dos Céus)"


Rigor e Contenção



Hoje, fui jantar com o Jorge Lacão, ao "Cosa Nostra". Somos amigos há longos anos, e achámos que era altura de pôr a escrita em dia.

Obviamente falámos de Sócrates e da "Independente". Ao fim da primeira garrafa de um vinho fantástico da Tosacana -- nem me lembro do nome, dizem que é o melhor vinho do Mundo -- ele foi directo ao assunto. Pronto, como democrata, reconhecia o direito à intervenção pessoal na Blogosfera, mas achava que, ultimamente, estávamos a exagerar. Em suma, estávamos a pôr em causa um bom governo, um excelente primeiro-ministro, e um país que estava em vias de se tornar uma potência europeia de primeira linha.
Pontos nos "is", ele queria saber quanto custava... acolchoarmos o nosso tom.
Disse-lhe que, por mim, não custava nada, era só ele pedir, e ficava tudo entre amigos. Também podia mandar um email ao António, do
"Portugal Profundo", e a coisa morria já aqui.

Lacão sabe que, no fundo, eu tenho uma profunda estima por Sócrates, e ambos quiseram, já por várias vezes, levar-me a inscrever no Partido, embora as minhas condições nunca tenham sido cumpridas: queria um Programa de Governo que me garantisse a elegância da Suíça, o grau de liberdade de expressão da Holanda, uma tradição cultural como a Francesa, e uma opinião pública com a maturidade da Inglesa. Economicamente, para já, chegava-me que déssemos um salto à espanhola, embora sonhasse com as democracias avançadas nórdicas.


Continuamos à espera: eu, do Programa; ele, da minha ficha de inscrição no Partido.


A verdade é que ele me deu algumas contrapartidas para não voltar a escarafunchar, aqui, no assunto da "Independente", mas prometi não revelá-las.
Acontece que, como por acaso, estava a jantar, na mesa ao lado, o Luiz, aquele que tem o Mercedes Prateado, e é do tempo das licenciaturas compradas na Secretaria da Escola Secundária da Cidade Universitária, e costuma continuar a "atacar" nas ruínas da dita cuja.
Embora nos detestemos, lá nos cumprimentámos, ele, a estranhar o sinal da cara que o Lacão mandou tirar -- houve uma fase, a chamada Crise Pedroso, em que no P.S. houve uma certa necessidade de fazer desaparecer certos sinais característicos do corpo, mas, felizmente, já passou. Lacão ficava mais "sexy" com a manchinha negra na cara, como Pedroso com os sinais da coxa e da barriga, referidos no "Casa Pia".
Conversa, puxa conversa, perguntei-lhe se o "Manecas" ainda era vivo... É claro que, não o bichinho" já o tinha levado, e o irmão, no Brasil, para onde tinha fugido por causa das vendas das licenciaturas, também já não estava neste mundo...


É horrível a sensação de se ter fechado uma fase crucial da nossa História. Como iremos contar aos nosso vindouros que houve uma fase cronológica da Contemporaneidade Portuguesa onde era possível comprar diplomas, ao balcão de uma Escola Secundária, bem perto da Cidade Universitária?...
Dirão vocês que isso deu de comer a muita gente, e deu. Fernanda Câncio, mais avisada e cautelosa, com a autoridade que lhe dá o jornalismo isento, diria que todos nós precisávamos de vestir a bata branca, e voltar ao hospício, como, aliás, já disse.


O problema é que o hospício é Portugal, e há muita gente de bata branca, médicos, sobretudo, que ali compraram os cursos. Ali, e na célebre secretaria da Faculdade de Medicina do Campo de Santana, onde faziam bicha, pais e filhos, antes de aquilo abrir, para poderem aceder rapidamente ao forjamento das pautas, diplomas e livros de termos. Era uma espécie de Urgência de um Hospital de subúrbio, mas regida pela urgência de outras necessidades: ou se comprava o curso ali, ou podia ser que depois o negócio fechasse, como depois fechou. Pontos comprados nos ciganos, para fazer as cadeiras terminais do Curso de Medicina, isto para os pobres, e com alguma massa cinzenta; para os mais ricos, e burros, que não tinham tempo de preparar as respostas em casa, 20 contos, para lançamento de notas em pauta, livro de termos e diploma certificado.


Gostaria de ver o Vasco Pulido Valente pronunciar-se sobre este tema, que foi tema da sua contemporaneidade.


O Luiz só me dizia, aquilo foi terrível, o outro ia sendo preso, o irmão do "Manecas" teve de fugir, e até o nome do Ministro ficou em causa, mas graças a Deus que tudo ficou abafado, hoje, na Casa dos 50, 60, já são todos médicos, advogados, engenheiros, ingressaram na Política, dominaram as Câmaras e estão todas nas Administrações das empresas-chave. Graças a Deus, como na "Independente", tudo se vai resolver a bem: um desabafo do Bettencourt Resendes, um
desmentido dos Assessores de Imagem do Engenheiro Sócrates, e, de aqui a um mês, já ninguém se lembrará de nada...


Aqui, subitamente, apeteceu-me, passar da ficção para a realidade e vir lançar, neste espaço, um apelo: de todos os nossos leitores haverá quem se lembre, ou conheça quem se lembre, das minúcias desta história: a partir de hoje, todos os contributos, esquemas, percursos e nomes serão bem vindos às nossas caixas de comentários. Com os contributos, far-se-á um excelente "post", que talvez obrigue a rever a História Portuguesa dos últimos 30 Anos, e faça cair muito mais gente do que um ridículo e menos dotado Fantoche de Bilderberg.


Aqui ficamos à espera.


Muito obrigado.

DA REPÚBLICA




Não me é simpática a ideia do anonimato. Na blogosfera ele floresce como cogumelos venenosos. Todavia, quando leio muita da javardice que eminências do jornalismo e da nossa risível "academia" escrevem ou debitam nos mais diversos media, percebo melhor a emergência da famosa "maioria silenciosa". Essa "maioria" pode oscilar entre o puro escarro e o sublime. Depois das peripécias dos últimos dias e semanas - com origem bem clara na blogosfera e, depois, num jornal em quem ninguém pegou para depois se tornar o tema "puta da República à portuguesa" - a blogosfera acedeu a um patamar inesperado para o regime e do qual dificilmente já sairá. Isto porque os media tradicionais - quase todos dirigidos, apascentados e comandados à distância pelo dito regime - "vivem" de transformar "questões duras" em "questões moles", e vice-versa. É, uma vez mais, "a puta da República" a funcionar. A pergunta feita um dia por Pacheco Pereira em um outro contexto - "o que é que comunica a comunicação social?" - nunca fez tanto sentido neste Portugal de pequeninos do ano de 2007. Por isso, e apesar da acumulação de jornais com quase uma semana, fenece-me a vontade de os ler porque deixei de ter paciência para "mais do mesmo". Não me apetece encontrar a "linha da beleza marico-poética" lá onde devia estar escrito a bold o nome da vergonha "democrática". Mete-me nojo o sem-razão de tanto "opinador" do regime com direito a fotografia e a esclerose retórica que já contamina alguma blogosfera mais afoita e doce. Não suporto o "encanar a perna à rã" dos cortesãos dependentes. Perdi o respeito pela democracia portuguesa porque ela não se sabe dar ao respeito. Só me preocupo com os direitos humanos - todos - e a democracia, malgré elle e nessa matéria, não me dá garantias nenhumas de ser "mais respeitosa" do que outra coisa qualquer. Não é ela que tem a culpa, nem os seus founding fathers, os da Europa e os dos EUA. São aqueles a quem colámos - pelo voto - a labita de democratas. A maior parte nunca o foi ou julga que o é apenas por exibir um cartão de partido ou por estar montada numa sinecura. A duplicidade e a cumplicidade dentro do mesmo regime, mata a pureza da democracia como quem recorre a um bordel porque já não suporta "virgens". E ninguém escapa a esta sinistra perversão. Eis como, bruscamente numa primavera qualquer, a República pode passar de respeitosa a puta.

Nota: "Edição" simultânea na Grande Loja e no Portugal dos Pequeninos.




Blogs, Perigo Público



"Vicente Jorge Silva não precisa de apresentação.

É, simplesmente, o maior representante em Portugal das regiões autónomas.
Já foi tudo.
Director de jornal, deputado e agora escreve umas crónicas no Diário de Notícias.
Penso eu de que deve também ter a carteira de jornalista e se assim for breve vai ter que fazer exame perante o senhor Ministro que vai indicar quem faz jornalismo de sarjeta e quem pode frequentar os corredores do poder e do sucesso.
Hoje na sua crónica, todo tremeliques, escreve que “Muito antes do descalabro da Universidade Independente e das notícias dos jornais, já o currículo de Sócrates era maldosamente referido na blogosfera, essa outra praga moderna que escapa ao controlo dos poderes públicos”.
Vejam só, isto não pode continuar.
Fulanos que não passaram pela Universidade Independente, que não têm a carteirinha do Sindicato e que vêm para a blogosfera escrever coisas que, antigamente, (ai era tão bom), só os senhores jornalistas podiam não-escrever.
E depois, lá tem os verdadeiros fazedores das notícias de se dar à maçada de escrever sobre coisas que ninguém devia conhecer porque como dizia o outro “a vossa política é o trabalho”.
O senhor doutor Vicente Jorge Silva, para azar nosso, vive, adormecido, num mundo descrito numa frase de Iris Murdoch:
We live in a fantasy world, a world of illusion. The great task in life is to find reality.


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