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quarta-feira, 8 de agosto de 2007

As "Licenciaturas" de Sócrates, deitadas no divã de Freud





Para mim, com uma Quarta Classe das antigas, puta nas horas vagas, e mulher-a-dias do Regime a tempo inteiro, foi com enorme orgulho que recebi, no I.S.P.A., uma Pós-Graduação em Psicanálise (4 dias, de 2 horas intensivas, que bem me saíram do corpo e da carteira...).

Fiquei a saber que, para Freud, os anos mais importantes da nossa vida eram os 5 primeiros, sobre os quais -- azar -- logo tombava uma cortina de sombras, que durava a vida inteira, exceptuados os sobressaltos e as recaídas no Inconsciente.


Estou agora a terminar uma tese de doutoramento, em que defendo que, bem mais importantes do que esses 5 anos da Infância são os 5 anos da Licenciatura. Esse, sim, é o tempo da verdadeira angústia.
É, pois, com a Dor de Sócrates que eu sofro: aquela Pós-Graduação de 4 dias fez-me saber o que pode ser o sentimento de inferioridade de um cavalheiro que quer galgar a todo o custo, e sabe não ser detentor de um canudo.
Há, em José Sócrates, um pouco de Harry Potter. Ele sabe mexer a varinha -- ou o varão -- e as coisas aparecem todas feitas. "Consta-se de que", mal seja apeado involuntariamente do Governo, já se está a preparar para a Beatificação. O
"Expresso" de hoje avança com o seu primeiro milagre: o de ter criado, do Nada, um Reitor.

Isso é uma coisa lindíssima, e acho que nem a Sãozinha, nem a Santa da Ladeira, nem a Irmã Lúcia, no tempo das suas melhores "performances", conseguiram tais feitos...


Nomear um Reitor é algo de bem mais profundo do que pôr um paralítico a andar, um cego a ver, ou o Mega Ferreira à frente do Centro Cultural de Belém.

Resta a matriz psicanalítica da coisa, e essa é o centro deste texto: até agora, nunca tinha percebido a raiva desmesurada contra certas classes da Sociedade Portuguesa, justamente, aquelas onde se congregam mais Licenciados, Médicos, Juristas e Professores.


Era, afinal, um problema psicanalítico, não o dos 5 primeiros anos de vida, mas o dos intermináveis 5 anos da sua "
Licenciatura", em irremediável forma de Quasímodo
.

A Boca do Lixo (Continuação II)

Eu sei que isto hoje está cheio de mentes badalhocas, desejosas de que eu venha atirar mais lama para cima da Universidade Independente.

Enganam-se: eu sou um cidadão respeitador do Politicamente Correcto, e estou ansiosamente à espera de que essa gloriosa instituição consiga cumprir o prazo dado pelos lindos olhos de Mariano Gago, para repor a sua paz, beleza e harmonia.
Quanto ao Mariano Gago, quando o vi hoje na televisão, reparei que, de facto, tem uns lindos olhos, adornados por óculos de fundo de garrafa, e o problema dele é realmente a boca: a boca de Mariano Gago parece um piano Stneiway, caído por uma escada abaixo, e que depois teve os dentes todos recolados, um para cada lado, como os olhos do Medeiros Ferreira, com o jeitinho que as empregadas da limpeza têm para amontoar as porcelanas Ming, depois de as quebrarem em mil pedaços.


Acontece que estava eu hoje a dar a minha aula de Literatura Comprada, perdão, Comparada II, cadeira que asseguro com a colaboração do meu estimado colega e homem de letras, Francisco José Viegas, e vieram dar-me uns coices na porta, pareciam animais, justamente no momento em que eu explicava o étimo de "Cancioneiro". Toda a gente sabe, excepto os alunos da "Independente", e é por isso que andam lá a estudar, que "Cancioneiro" vem de "Câncio", voz romana que quer dizer "boca cariada que canta", deturpada, por via bárbara e usocapião, em "Canzioneira", que depois deu origem a "Camorra", via das mulheres do Norte, tias, com falar nasalado das Manas Avillez, etc.,
e eles aos coices à porta,
parecia uma aula da Vice-Reitora da "Lusófona" (a próxima...)
e eu isso acho mal.


1) Porque lá dou aulas, como o Mano Rangel, que veio para a RTP-1 defender a causa própria, ao lado do Anjinho Papudo, que levou nos cornos, quando foi repor a legalidade no Campus Universitário da Fátima Felgueiras.


2) Segundo, porque lá meti os papéis, para converter o 6º Ano da Lola Chupa numa licenciatura qualquer -- é difícil escolher um canudo para uma mulher cuja experiência profissional sempre foram canudos e fundações... No fundo, ela é a fossa sanitária do sórdido imaginário do "macho" lisboeta, pelo que acho que deveria ter um Mestrado em Engenharia Sanitária, variante Tubagens Grossas.
Disse-me a senhora da Secretaria -- uma simpatia -- que, na "Independente", como na "Lusófona", como na Universidade do Isaltino -- a "Atlântica", suponho, era só levar os papéis da Quarta-Classe, deixar a fermentar uns tempos, como o Pão de Mafra, e esperar que saísse, já na forma de Licenciatura, Mestrado ou Doutoramento, consoante as posses do aluno. A Lola é mais do género de ser possuída do que ter posses, de maneira que se pensou numa solução tipo Sócrates, escritas acima de 17 e orais a 18, e depois queimar os livros de termos todos, para dar um ar de "Gradus ad Parnassum" ao processo todo.
Desaparecidos em combate, como a "Comédia" de Aristóteles.
Os belos dias de Primavera nada auguram de bom ao Senhor Câncio, acusado de lesbianismo e com a grave suspeita de ter comprado papéis. Em qualquer país civilizado, já lhe tinham posto as malas à porta. No fundo, é o que os blogues, essa lixeira da escrita, esse lugar de tarados masturbadores, de ejaculadores de boatos e de atentados ao bom nome das pessoas, pretende.
Melhor do que os blogues, só aquele "Powerpoint" do Luís Miguel Leite-Pinto, bom técnico e boa cabeça, responsável pela estrutura do "Sheraton", e que, se me der para aí, aqui exemplificarei, na forma de imagens.
Divertido, divertido, era que, já que queimaram os Livros de Termos, a Inspecção-Geral do Ensino Superior enviasse uma cartinha para a Residência Oficial de São Bento, a pedir à "moça" que repetisse Betão Armado I e II, Estruturas Especiais, e as 12 outras cadeiras "hard", que lá foi fazer, com vista à uma reemissão do Canudo.
Até podia ser no Instituto Superior Técnico, para mudar de ares, e "ela" se sentir bastante mais confortável.

Sócrates, no thanks...




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