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quarta-feira, 8 de agosto de 2007

A "Independente" pelo "Expresso" ou, Nunca digas desta água não beberei...



"Diz o Expresso que ao longo de duas semanas contactou diversas entidades no sentido de ver respondidas e esclarecidas as seguintes questões:


"(...)1. Quantas inspecções foram feitas à Uni pelos serviços do MCTES? E quais os resultados?


2. Houve anteriores processos desencadeados contra a Universidade Independente? Quantos e porquê?


3. Existem queixas apresentadas contra a Uni junto desse Ministério? Quantas e por quem?


4. Qual é a lista dos docentes relativa ao curso de engenharia civil entre os anos 1994-1997 que foi apresentada ao MCTES de acordo com as obrigações previstas na lei?


5. Que disciplinas eram ministradas por cada um dos docentes?


6. Os serviços do MCTES receberam alguma informação documental sobre a licenciatura do senhor primeiro-ministro? Em caso afirmativo, pode o Expresso ter acesso a ela?(...)"Acrescenta o Expresso que nenhuma entidade aceitou fazer tal esclarecimento. O próprio Gabinete do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, após ter sido contactado no dia 29 de Março, respondeu que não o podia fazer por falta de tempo.Apesar de as perguntas se revelarem pertinentes, tenho receio que a tónica, agora dada pelo Expresso, esteja sobretudo a colocar-se na incapacidade dos serviços controlarem e regularem o sistema. As perguntas parecem desviar a atenção de um eventual ilícito cometido, para uma via perigosa, que é, poder descobrir-se, que tudo não passou de um erro passível de ser assumido por qualquer secretária, técnico estagiário, administrativo, ou até, pelo rapaz da informática. É isso, vão ver que a culpa é, de novo, do rapaz da informática.Há, sobretudo, uma questão que não vejo suficientemente divulgada: o desaparecimento dos documentos originais, vulgo, "livros de termos", onde deverão estar registados os resultados das avaliações de todos os alunos. Este facto sim, deveria merecer de todos os órgãos de comunicação especial atenção. Mas não senhor. Importa mais, saber quem está preso, mostrar o arrombamento da porta do gabinete do reitor, a indignação de um advogado à saída do DIAP.


Ou seja, "o filme".


Mas o que mais me espanta, é descobrir "o interesse do Expresso pelo caso", quando ainda há uma semana, Nicolau Santos, Director-Adjunto deste semanário, muito opinava dizendo que "o 'Público' dá a um assunto onde não tira nenhuma conclusão taxativa, género «Sócrates não é licenciado e comprou o diploma», deixam mossa e dão guarida às insinuações que, com base ou não, proliferam na blogosfera."Ora, o Expresso não parece ter obtido, qualitativamente falando, melhores resultados. Dito de outra forma, não chegou a qualquer conclusão, de sim ou não, e também, não deixou de dar "guarida às insinuações que, com base ou não, proliferam na blogosfera" (a que eu, Punctum, chamaria de informação bem mais avisada, e sobretudo, mais livre).

Continuem, continuem, vão no bom caminho! ...

Um dia, lá chegarão...


Post Scriptum


1. Foi António Balbino Caldeira, Do Portugal Profundo, quem facultou ao Expresso o Dossier Sócrates: ISEC, ISEL, equivalências, Independente, ENSP, engenheiro, domingo, etc.Apesar disso, não houve na edição de hoje, qualquer referência à fonte ou mesmo, indicação do URL.





3. Nova Versão do Currículo de José Sócrates segundo o seu próprio gabinete:- Bacharelato em Engenharia pelo ISEC,- Licenciatura em Engenharia Civil pela Universidade Independente, com frequência também no ISEL,- Pós-graduação com MBA em gestão de empresas pelo ISCTE.







Este foi todo para o "Portugal Profundo"




terça-feira, 7 de agosto de 2007

Sonata "Al Santo Sepolcro" RV 684 - Carta Aberta a António Balbino Caldeira



Dedicado, com estima, ao António Balbino Caldeira, do "Portugal Profundo"



Cristo jaz no Leito de Morte.

Foi, com alguma inquietação, que li a sua entrevista no "Correio da Manhã".

Trata-se de um texto, aparentemente, oportuno e circunstancial. José Sócrates é um homem em apuros, pelo menos, por aquilo que se quer fazer passar para a Opinião Pública.


Infelizmente, sou mais cínico, e um homem de minúcias.


Desde a crise que o "Braganza Mothers" fez estoirar na "Wikipédia", em redor da entrada "José Sócrates" e "Fernanda Câncio", e referenciada no "Público", que se percebeu que a Blogosfera não era inócua, e não é. Com alguma habilidade, conseguiu-se transformar em civilizados campos de peleja a Comunicação Social, a Blogosfera, e a Internet, em geral, sobretudo naquilo que se pretende assumir como o seu Espaço Enciclopédico do séc. XXI, e o será.

De algum modo, e para quem acompanhou o processo, esgrimi com as minhas armas próprias, muito séc. XVIII: no fim, o Marechal Poniatovsky e Monseigneur D'Artois, decidem, antes de disparar os arcabuzes, quem acaba por triunfar em campo. Em derradeiro caso, o florete decide, num recanto dos Jardins de Versalhes, a sorte da batalha.

Acontece, e já sentiu isso na pele no "Casa Pia" que estamos num século que não é o XVIII. É o século de gente sinistra e lúgubre, e capaz de tudo.

Toda esta polémica veio apenas provar o que já sabíamos, que Sócrates não existe, não por causa da polémica, mas porque, pura e simplesmente, nunca existiu. José Sócrates é o rosto de um dos mais espantosos grupos de interesses, que, na sombra, decidiu conduzi-lo ao cargo de Primeiro-Ministro de Portugal, para, qual boneco de lata -- e era fundamental escolher, para este momento, um boneco de lata de OZ, sem quaisquer sentimentos, excepto a Cólera e a Vaidade -- ah, sim, e um, muito importante, que me esqueci de acrescentar aqui: a VINGANÇA.


José Sócrates, enquanto cabeça do XVII Constitucional, dispõe da mais poderosa máquina de informação, policiamento e investigação secreta de que jamais alguém dispôs em Portugal. Ele incarna uma Santa Inquisição, mas com todo o aparato técnico do séc. XXI.

De um certo ponto de vista, nós, a Blogosfera, triunfámos, quando tacticamente decidimos pôr em causa a vaidade do Homem humano, e não a eficácia do técnico político.
Eu conheço muito bem a estrutura psíquica e emocional de José Sócrates: é um clássico de todos os manuais pós-freudianos. Há, lá dentro um misto de mulher em estado de possessão demoníaca com um lacrau enterrado na areia. Para mais, a mulher possuída deslocava-se num ridículo par de saltos altos, como se a Cena Política, de uma "passerelle", se tratasse.

Nós, Blogosfera, com a nossa fisga, partimos-lhe um dos saltos altos. Neste Tempo Pascal, "ela" parece arrastar-se pelo palco, manca, e risível. Mas vamos às minúcias: foi interessante ver a Câncio, desesperada, a apagar e a reescrever a entrada wikipédica do ... "tutelado" (basta ir lá consultar o histórico e ver o que fez "FC", que se apresenta como Fernanda Câncio -- ordinária, como de costume... -- ela própria).

Não foi por acaso que a Biografia adoptada para o lugar de nascimento, pretendidamente o Porto, vinha referencida, como origem, num Jornal, por acaso (?), o "Diário de Notícias", onde o texto,
convido-vos a lê-lo, vem realmente bem cozinhado. Como diriam os misóginos, "à Mulher, a cozinha".

Esta... cozinhou-a bem.

Nessa biografia não-oficial, conhecemos um outro José Sócrates "À semelhança da generalidade dos colegas, Sócrates era pouco praticante das primeiras aulas da manhã - essas horas eram preciosas para recuperar sono, caso na noite anterior tivesse ido com os amigos a uma boîte. A discoteca da moda era o "Etc", o bar era o "Triana" e Sócrates por lá andava, com o seu grupo de amigos. A saída de Sócrates junto do público feminino era considerável. O rapaz, que era um apaixonado por poesia, declamava-lhes poemas e "levava-as com a conversa", conta outro companheiro desses tempos, que pediu para não ser identificado. "Quando chegávamos a um bar, nós íamos beber e ele ia engatar", recorda o mesmo amigo. "Era um sucesso!" José Sócrates nunca foi homem de excessos, nem quando tinha idade para isso. Bebia com moderação, ficava até às tantas à conversa com os amigos à volta dos copos de cerveja e uísque, mas passava para a água ou Coca-Cola quando os outros ainda estavam a aquecer a garganta. "Era moderado nos hábitos, mas experimentou o que tinha que experimentar", conta um colega de aventuras. Não morre ignorante, isso é certo. Aos 20 anos fez as primeiras férias no estrangeiro (três semanas na vindima em França) e, nas viagens seguintes, conforme já contou em entrevistas, não deixou de visitar os "coffee-shops de Amesterdão." Foi um jovem do seu tempo, como costuma dizer."
Os "coffee-shops" de Amsterdão, leram bem... Aposto que, pelo menos metade dos leitores do meu texto já deu, nesta altura uma sonora gargalhada. Aqui fica a insinuação, e as consequências práticas: o assunto da Licenciatura não é para Sócrates uma questão primária. Nesta altura, quase que consigo vê-lo nas "sex", perdão "Cofee-shops" de Amsterdão -- umas mini-férias gozadas em silêncio -- era o que faltava estragarem-me o buraquinho, salvo seja, da Páscoa!... -- enquanto toda a máquina do Polvo trabalha para reconstituir os estragos da Imagem.
A segunda hipótese é mais lúgubre: as Forças da Sombra, que o colocaram na Linha da Frente, já o deixaram cair, e até já têm um boneco de lata preparado para o substituir.
Caro Balbino Caldeira, quando viémos para a Blogosfera, foi por razões que, "pessoanamente" falando, poderiam ser expressas assim: "Viémos para a Blogosfera, porque a Atmosfera não prestava, ou não servia".

É, portanto, necessário ternos em atenção o momento exacto em que deixamos de ser atiradores furtivos, para os pormos em conflito uns com os outros, deixando vir à superfície a podridão em que se movem, e, depois, retirarmo-nos, para a sabotagem seguinte, e ele há TANTAS a fazer!...


Um excesso de protagonismo atmosférico pode levar a tornar-mo-nos alvos e peões nas mãos de Forças Invisíveis, e nós apenas somos figuras de fábula, como Borges diria.
Partimos-lhe um dos saltos altos, mas, a esta hora, como na "Noite de Iguana", já ele atirou os sapatos de salto para o lado, e dança descalço, como Ava Gardner, entre dois morenos, eróticos e viris, numa praia do luar.
Pela minha parte, vou fazer o mesmo, e voltar ao Olimpo, uns, raptando Io e Europa, outros, ao luar, tropicalmente, com Ganimedes, segundo os gostos próprios.

Com a estima do

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