"Caralho, estou cada vez mais a gostar deste blogue!
posted by Textusa
e-konoklasta said...
@ Olá textusa!!!!
Diz um bocadinho mais sobre o que acabas de escrever!
Cara E-KO, a minha exclamação teve fundamentalmente duas vertentes. Como ser vivo que é, este blogue debate-se, permanentemente, com a sua luta interna (a sua identidade), e a luta externa (a sua identificação).
Internamente, eu penso que este blogue sofre de três categorias de praga. Umas mais gravosas que as outras, como seria de esperar. A primeira, é aquela que por motivos de masturbação e necessidade de protagonismo, aproveita-se e cavalga nas costas, largas e em constante crescendo, da popularidade do Braganza-Mothers. Vem para aqui abrir a sua braguilha intelectual, mas rapidamente demonstra a pobreza do que tem para mostrar. Um mínimo de vergonha e poupava-nos um pouco dum dos grandes males portugueses, que é a poluição visual. Qual velha asquerosa em topless na Praia dos Tomates. Nada acrescenta, ocupa espaço, e estraga a paisagem. Esta praga, execrável, não deve, de forma alguma, ser confundida com as seguintes, muito mais benignas.
A segunda praga bloguista é a que tem um carácter revisteiro. Um blogue é entretenimento. Para fazer rir. Pasmar. Uma anedota aqui, uma BD acolá. E o que quer que seja intermédio pelo meio. Anedotas, recebo-as às toneladas na minha caixa do correio pessoal, num ratio de 1:34 relativamente aos de gajas descascadas. E basta atentar à qualidade dos “temas” de quem, via motores de busca, nos vai encontrando, conforme vem demonstrando a nossa Kátia, para verificar que há quem procure sorrir, mas num mundo, que apesar de real, é tristemente tenebroso.
A terceira praga, são os gurus culturais. Determinados em que se engula. A intelectualidade. À força e a rodos. Alguém me disse que a cultura é aquilo que fica na memória depois de esquecido tudo o resto. Da minha parte, jamais me esquecerei das mamas da Bárbara Guimarães na Praia do Meco há pouco mais de uma dezena de anos. Jamais. E que se saiba, não me pus para aqui a postar as glandulas mamárias da dita cuja, apesar de suspeitar que poucos se oporiam a tal feito.
Destas duas últimas pragas, não fosse a importância que julgo que este blogue tem na vida pública portuguesa, eu até seria favorável á sua existência. Dão alguma alegria e cor ao blogue. Mas o Braganza-Mothers é primus inter pares, conjuntamente com o Portugal Profundo. Assim, condeno essa tipologia de posts pelo seguinte: sempre que algum de nós coloca um post, ele ganha honras de primeira página. O post que lhe segue, que pode acontecer passadas horas, como passados alguns segundos, empurra-o para a segunda. E assim sucessivamente. Até chegar às recônditas páginas dos classificados. E só lá vai quem já sabe o que procura, e não quem procura, à partida, ser informado.
Pessoalmente, custa-me escrever. Muito. Sou dos que relê os textos uma catrefada de vezes e mesmo assim fica tudo cheio de erros. Não me flui com a naturalidade com que aparentemente acontece com alguns exímios letristas desta particular praça. Ver um texto meu a ser empurrado para o esquecimento à conta de uma(s) baboseira(s), dói. Perdoem-me o lamúrio.
Felizmente, venho notando que predominam os textos que nos fazem ter os clientes que temos, em detrimento de filmes, músicas e imagens. Daí a minha exclamação.
Externamente, o blogue sofreu uma ameaça recente. Afinal fora apenas aparente. Sobre o que é informação e suas fascinantes facetas, um dia, se tiver paciência, escreverei. E reagiu de imediato. Reagiu com tusa. Reagiu com ponderação. Reagiu com organização. Prontificou-se à luta. Deu um sinal claro que está aqui para ficar. Daí a minha exclamação.
E é neste estertor de lobisomem, em que se anda neste vai-vem entre humano e animal que o blogue vai amadurendo, vai criando raizes. Inabaláveis. Sempre que vira animal, A Coisa pára, escuta e olha. E não se combate contra Ela frontalmente. Tem de ser Domada. E só se doma pelo medo. Da mesma forma como ela tem-nos domado. Ainda por cima, com sucesso.
E vou agora aqui cometer o que poderia ser considerado um sacrilégio, não fosse o carácter pluralista do indivíduo em questão: discordar com o Arrebenta. Só posso atribuir a uma mistura estranha de químicos nas veias pela falta de ponderação da proposta exarada. Especialmente vinda de quem tem demonstrado um sexto sentido na conduta deste espaço.
O problema de Portugal não é o governo, nem a restante pandilha de idiotas parasitas que mamam à fartazana dos nossos impostos. O problema de Portugal são os portugueses. Que deixaram repousar os seus testículos na palma da mão dA Coisa. Tudo por um futuro “melhor”. Uma melhor casa, um melhor carro, um melhor Armani. E foram cedendo, cedendo... E agora a mão aperta, e os tin-tins doiem. Muito. E, aparentemente, não há forma de fugir à dor excruciante. Vêm aqui pedir ajuda. Arrebenta, o blogue ainda não tem a maturidade suficiente para lançar desafios inóquos. Neste momento, a nossa missão é demonstrar que eles não estão sós, e que há esperança.
O inimigo nunca se deve odiar. Isso é apenas desperdício de tempo, energia, e, fundamentalmente, clarividência.
Daí a minha exclamação."
posted by Textusa
e-konoklasta said...
@ Olá textusa!!!!
Diz um bocadinho mais sobre o que acabas de escrever!
Cara E-KO, a minha exclamação teve fundamentalmente duas vertentes. Como ser vivo que é, este blogue debate-se, permanentemente, com a sua luta interna (a sua identidade), e a luta externa (a sua identificação).
Internamente, eu penso que este blogue sofre de três categorias de praga. Umas mais gravosas que as outras, como seria de esperar. A primeira, é aquela que por motivos de masturbação e necessidade de protagonismo, aproveita-se e cavalga nas costas, largas e em constante crescendo, da popularidade do Braganza-Mothers. Vem para aqui abrir a sua braguilha intelectual, mas rapidamente demonstra a pobreza do que tem para mostrar. Um mínimo de vergonha e poupava-nos um pouco dum dos grandes males portugueses, que é a poluição visual. Qual velha asquerosa em topless na Praia dos Tomates. Nada acrescenta, ocupa espaço, e estraga a paisagem. Esta praga, execrável, não deve, de forma alguma, ser confundida com as seguintes, muito mais benignas.
A segunda praga bloguista é a que tem um carácter revisteiro. Um blogue é entretenimento. Para fazer rir. Pasmar. Uma anedota aqui, uma BD acolá. E o que quer que seja intermédio pelo meio. Anedotas, recebo-as às toneladas na minha caixa do correio pessoal, num ratio de 1:34 relativamente aos de gajas descascadas. E basta atentar à qualidade dos “temas” de quem, via motores de busca, nos vai encontrando, conforme vem demonstrando a nossa Kátia, para verificar que há quem procure sorrir, mas num mundo, que apesar de real, é tristemente tenebroso.
A terceira praga, são os gurus culturais. Determinados em que se engula. A intelectualidade. À força e a rodos. Alguém me disse que a cultura é aquilo que fica na memória depois de esquecido tudo o resto. Da minha parte, jamais me esquecerei das mamas da Bárbara Guimarães na Praia do Meco há pouco mais de uma dezena de anos. Jamais. E que se saiba, não me pus para aqui a postar as glandulas mamárias da dita cuja, apesar de suspeitar que poucos se oporiam a tal feito.
Destas duas últimas pragas, não fosse a importância que julgo que este blogue tem na vida pública portuguesa, eu até seria favorável á sua existência. Dão alguma alegria e cor ao blogue. Mas o Braganza-Mothers é primus inter pares, conjuntamente com o Portugal Profundo. Assim, condeno essa tipologia de posts pelo seguinte: sempre que algum de nós coloca um post, ele ganha honras de primeira página. O post que lhe segue, que pode acontecer passadas horas, como passados alguns segundos, empurra-o para a segunda. E assim sucessivamente. Até chegar às recônditas páginas dos classificados. E só lá vai quem já sabe o que procura, e não quem procura, à partida, ser informado.
Pessoalmente, custa-me escrever. Muito. Sou dos que relê os textos uma catrefada de vezes e mesmo assim fica tudo cheio de erros. Não me flui com a naturalidade com que aparentemente acontece com alguns exímios letristas desta particular praça. Ver um texto meu a ser empurrado para o esquecimento à conta de uma(s) baboseira(s), dói. Perdoem-me o lamúrio.
Felizmente, venho notando que predominam os textos que nos fazem ter os clientes que temos, em detrimento de filmes, músicas e imagens. Daí a minha exclamação.
Externamente, o blogue sofreu uma ameaça recente. Afinal fora apenas aparente. Sobre o que é informação e suas fascinantes facetas, um dia, se tiver paciência, escreverei. E reagiu de imediato. Reagiu com tusa. Reagiu com ponderação. Reagiu com organização. Prontificou-se à luta. Deu um sinal claro que está aqui para ficar. Daí a minha exclamação.
E é neste estertor de lobisomem, em que se anda neste vai-vem entre humano e animal que o blogue vai amadurendo, vai criando raizes. Inabaláveis. Sempre que vira animal, A Coisa pára, escuta e olha. E não se combate contra Ela frontalmente. Tem de ser Domada. E só se doma pelo medo. Da mesma forma como ela tem-nos domado. Ainda por cima, com sucesso.
E vou agora aqui cometer o que poderia ser considerado um sacrilégio, não fosse o carácter pluralista do indivíduo em questão: discordar com o Arrebenta. Só posso atribuir a uma mistura estranha de químicos nas veias pela falta de ponderação da proposta exarada. Especialmente vinda de quem tem demonstrado um sexto sentido na conduta deste espaço.
O problema de Portugal não é o governo, nem a restante pandilha de idiotas parasitas que mamam à fartazana dos nossos impostos. O problema de Portugal são os portugueses. Que deixaram repousar os seus testículos na palma da mão dA Coisa. Tudo por um futuro “melhor”. Uma melhor casa, um melhor carro, um melhor Armani. E foram cedendo, cedendo... E agora a mão aperta, e os tin-tins doiem. Muito. E, aparentemente, não há forma de fugir à dor excruciante. Vêm aqui pedir ajuda. Arrebenta, o blogue ainda não tem a maturidade suficiente para lançar desafios inóquos. Neste momento, a nossa missão é demonstrar que eles não estão sós, e que há esperança.
O inimigo nunca se deve odiar. Isso é apenas desperdício de tempo, energia, e, fundamentalmente, clarividência.
Daí a minha exclamação."
By Textusa